quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fome de poder

Que as leis são moldadas de acordo com as necessidades do poder (econômico) não é novidade para ninguém. Para que o poder seja aceito e surta seus efeitos, precisa ser revestido de legitimidade, de uma aparência cândida de plausibilidade. É como se fôssemos figurantes num filme que conta a nossa própria história. Acabamos como que anestesiados pela pinta de homens de terno que, embrulhados em suas gravatas de pura seda, evocam discursos (proselitistas) eloqüentes que são tão verdadeiros quanto é tangível o conteúdo de um balão de festa infantil.
Os detentores do poder político ostentam tentáculos enormes, que alcançam a economia e a mídia. Famintos, eles. Em nossa tupiniquim-land, ser pobre é sinônimo de vergonha. O grande preconceito do brasileiro é contra a pobreza. Nada purga esta mácula social... a não ser o dinheiro, claro. E a nossa justiça tem endossado isso, infelizmente. O "senso comum" já não mais espirra com a poeira da sujeira que é jogada embaixo do tapete. Estamos blindados por anticorpos sociais. Ensaiamos o exercício de nossa força através das urnas, mas nunca chegamos a estreiar, efetivamente, o espetáculo da democracia. Foucault já dizia que “Somos obrigados pelo poder a produzir verdade”. Famintos, nós.
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Ah! Van Gogh no MARGS... eu vou!

Um comentário:

  1. Lindinha,

    que bom ver vc me seguindo, ehehe...legal teu cantinho jurídico;)
    bjos

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